quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O canto do desencanto
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Sereias encantam os marujos através de suas vozes.  São belas, irresistíveis e impiedosas.  Homens à elas se entregam e sucumbem,  o preço é suas vidas. No réveillon de 2016, o preço foi em dinheiro mesmo, os cearenses desembolsaram cerca de R$ 1. 000 milhão para ouvir e ver a sereia Claudia Leite.

Era uma vez, em 1929, um Prefeito de Fortaleza, que pagou uma certa soma para que algumas sereias viessem embelezar a cidade. Vieram acompanhadas por cavalos marinhos e além de embelezar, também extasiavam os observadores lançando jatos d'água. Era uma fonte. Veio de longe. De um outro país; a Alemanha. Colocaram-na em meio a um jardim. Um lugar aprazível. A cidade  aos poucos tomava ares cosmopolitas.


 Em outra cidade; Paris...fontes haviam.
Na Place de la Concorde, de 1846. A foto é de 2015.

Em 1966, a nossa fonte das Sereias (há quem a chame "dos cavalinhos" ou " chafariz da Lagoinha") foi embelezar a rotatória da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, onde ficou até 1974. Não sei informar a razão de tal deslocamento e  posterior recolhimento aos depósitos da Superintendência Municipal de Obras e Viação (SUMOV) da prefeitura de Fortaleza, orgão extinto em 1997. Alguns afirmam que o fluxo de veículos sofria embaraços naquele cruzamento por conta da rotatória. Antes disso, em medos dos anos 1960, a fonte já havia estacionado na Praça da Faculdade de Direito, por somente um ano.

Rotatória da UFC.

1982

Em 19 de julho de 1982 é inaugurado o Edifício Raul Barbosa, sede do Banco do Nordeste do Brasil, no centro de Fortaleza. O Banco firma acordo com a Prefeitura de Fortaleza; restaura e implanta (1983) a Fonte das Sereias na Praça Gen. Murilo Borges, contigua à sede.

2012
Em dezembro de 2012 o BNB resolve mudar-se do Edificio Raul Barbosa e deduz que a Fonte das Sereias não receberá mais seus cuidados. Pronto! "Ninguém me quer, ninguém me ama...." Será que se queimássemos menos fogos de artifício,  deixássemos  de pagar cachês tão caros de cantoras (enfim; sereias) no réveillon; não poderíamos evitar que a Fonte das Sereias (patrimônio que custou nosso dinheiro e que faz parte da nossa história) virasse sucata irrecuperável? Ou essa é de fato a intenção do Prefeito? Deixar que a Fonte atinja o estado de irrecuperável. Tenho a esperança de estar errado. Poderia o Ministério Publico se manifestar? O IPHAN? O Bispo? A Escola de Arquitetura? Alguém...? As pessoas reclamam que bens públicos vão parar em mãos de particulares. Ora, se a população não cobra do administrador (contratado para fazer esse serviço e reconduzido ao cargo), o zelo e a manutenção do que lhe pertence...vai fazer o quê?

2017
Aviso ao marujos: dentro de poucos dias a fonte irá tombar.
Está com a base perigosamente comprometida pela ferrugem. Se tombar...: tombou!
Lastimavel a atual administração da cidade.





alguns funcionários terceirizados tentam esgotar a agua da chuva acumulada.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Quebra de braço
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A Ilha do Cupido "putto"
A Cidade da Criança recebeu essa denominação em 1938. O parque foi inaugurado em 1890 no entorno da lagoa do Garrote com o nome de Parque da Liberdade. Em 1921 colocaram a estátua do Índio quebrando as correntes das algemas. Nos anos 50 foi criado um zoológico. Quando criança morei alí perto e frequentei o local onde  quermesses e parques de diversão eram instalados por ocasião das férias. Hoje, dia 13/02/2017, fui lá. Eu já sabia que o Índio encimando o portão principal estava sem um dos braços. Primeiro um funcionário (que estava no portão, fiscalizando  a entrada e saída de carros) disse que o braço foi quebrado pelos Bombeiros para a retirada de uma colmeia que havia se instalado no interior da estátua. Apontou uma edificação onde o braço estaria guardado e disse ainda que esse fato havia ocorrido há um ano. Me dirigi a um prédio. Indaguei um funcionário (atendente por trás de birô) que falou ter o fato ocorrido há mais de dois anos e que o braço havia simplesmente caído carcomido pela ferrugem da armação interna. Outro funcionário se aproximou e entre goles de café falou que o fato ocorreu há cinco anos e que o braço, amputado ou não, tinha sido ¨rebolado no mato¨. O Parque está abandonado, o mato cresce livremente. Vários bancos, jarros, postes e estátuas estão quebradas e placas de bronze subtraidas. Parte do muro que circunda o Parque está inclinada; cai não cai. Notei alguns operários alargando um dos portões. Pergunto-me se o IPHAN sabe dessa obra. Moradores de rua perambulam, dormem onde querem e se aliviam feito gatos (sem a característica do felino de enterrar o excremento) ao longo das alamedas. Na Ilha do Cupido a estátua do "putto" está sem uma das mãos, a que permanece segura o arco quebrado. Certamente o "putto" está puto; o mau cheiro é insurportável) funciona como uma latrina. Lá (no Parque) hoje, os Direitos Humanos se abrigam.

 por que fica assim, sem manutenção?
 notem a falta de um dos vasos (urna) à esquerda do portão
o romance "Iracema" será enredo de Escola de Samba do RJ.
o Cupido "Putto"
 decadência
a perna com fratura exposta e a placa ausente
o muro de Pisa
 a placa ausente
será que o IPHAN foi comunicado ou tanto faz?

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Paralelepípedos

Lembrei-me das pistas que circundavam a Praça Portugal. Onde estão os paralelepípedos? Fazem parte do patrimônio do comunidade fortalezense. Não se desmancham e nem são atacados por cupins. Por que não usa-los no piso sob o Mausoléu Castelo Branco? Algumas pessoas acharam que a minha sugestão em mudar o piso daquele Masoléu era uma falta de respeito ao projeto original. No entanto se calaram com relação às esculturas no canteiro central em frente ao Mausoléu. Para mim, tais esculturas deveriam estar abrigadas, e não sob "sol e chuva"!
Em inúmeros espaços livres, mundo afora, faz-se uso de paralelepípedos. Logicamente que no local em questão; haveria o cuidado em se proibir aos frequentadores a prática de patins, skates, bicicletas e congêneres. Também ficaria interditado o uso, de drones, aeromodelos, grupos para prática de exercício ou capoeira (no Jardim Botânico do RJ há essa proibição assim como passear com animais de estimação), sugiro que o jogo de futebol ou volley, frescobol e demais esportes que ponham em risco a integridade física das outras pessoas, sejam proibidos. Aquele espaço é de reflexão e calma. Proibidos também os sistemas de som. Conviver numa comunidade tem cada vez mais sido necessário estabelecer limites.

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      O combate inútil contra cupins no                                Mausoléu 


os paralelepídedos  da Praça Portugal poderiam ser reaproveitados







o piso atual, após a reforma foi substituido por blocos de cimento

Em outros paises

em N.Y. o "One Chase Manhattan Plaza Fountain"

"Le Jardin de la Paix"- UNESCO - Paris
Àgua e pedra..."Le Jardin de la Paix" - UNESCO - Paris




Arco do Triunfo - Paris

(clique na foto e amplie)
Acrílica sobre tela (a.s/t.) - 50 cm X 90 cm - 2017

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

No Parque do Cocó em 2013
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O Parque do Cocó é essencial para a cidade, alivia o calor , fornece oxigênio e nos proporciona lazer. Devemos protege-lo e preserva-lo.
No entanto os prédios do entorno lançam esgoto "in natura" dentro do Parque (têm também seus portões de serviço com acesso livre para o Parque). Esse fato (do esgoto), além de poluir os olhos d'água e manaciais matando os peixes, caracois e camarões (alimento para algumas aves), apodrecem as árvores que fornecem alimentos (frutas e galhos para ninhos) à fauna local. Quanto às conveniencias aos frequentadores? Nada! Não existem banheiros,  àgua potavel (é necessário um quiosque com repelente aos mosquitos e demais itens de primeiros socorros). O policiamento diminuiu desde que fui a ultima vez. E desconheço a existencia de sistema hidráulico com hidrantes para o combate a incêndios. Caminhões dos Bombeiros não podem adentrar o Parque, as trilhas não são dimensionadas e nem projetadas para essa função. Por enquanto o projeto da Ponte Estaiada (que irá valorizar loteamentos de empresários, sob a justificativa de desafogar o tráfico) está em "banho maria". Sou contra tal invasão do espaço por esse equipamento que prejudicará o silencio e paz da fauna, além do corte de inumeras arvóres.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Comédia Desumana - Animais Noturnos 

Ontem assisti o filme de Tom Ford, dublê de estilista e diretor de cinema. Seu segundo filme. Vi o primeiro “Direito ao amor”, lembro que me impactou pelo desempenho dos protagonistas; Julianne Moore e Colin Firth. O “Animais noturnos”, na realidade é um só. A atriz principal, Amy Adams, sofre de insônia crônica, apenas explicada por uma vida meio frustrada (quis ser artista plástica?) e uma insatisfação indeterminada. Susan (Amy Adams) é dona de uma galeria de arte contemporânea. Seus pais, republicanos e conservadores, deserdaram o único filho por ele ser gay. Tal personagem, que não aparece, era apaixonado pelo melhor amigo hetero, Jack Gyllenhaal (o moreno do “Broke Back mountain”). Susan também era apaixonada pelo personagem de Jack Gyllenhaal, Edward, e casam-se. Ele queria ser escritor, e ela estudava História da Arte. Tudo certo? Não! A mãe dela, “bourgeoise” em úlltimo gráu, condena tal casamento com o argumento: “Ele é um romântico, e voce se tornará no que eu sou; toda filha se transmuta na mãe que tem”. Profecia que se cumpre. Ela, Susan, cansa do romantismo, repete a frase da mãe chamando-o de fraco. Despreza suas investidas literárias e o larga no meio da rua. Em seguida faz um aborto do filho que esperava dele. Ele flagra esse incidente e desaparece por 
20 anos. Susan, arranja um um novo marido (o ator parece modelo de anuncio de perfume, vacilo do Tom Ford) rico e abre a sua galeria. A abertura do filme mostra um vernissage da Galeria; são mulheres nuas extremamente obesas (denúncia sobre a obesidade americana?) que dançam com adereços típicos da cultura ianque. Nas cenas seguintes 
, Susan confirma a traição do marido bonitão, no momento em que o ex-marido, Edward (Jack Gyllenhaal) lhe envia seu primeiro romance ainda em pré edição. O livro é dedicado à ela. No bilhete que vem anexado ao livro, Edward diz que ela foi a inspiração. É uma autobiografia fictícia plena de violência. O filme passa a mostrar a ficção do livro entrelaçando-a com cenas da vida real. Nota-se a a inspiração nos diretores Tarantino e irmãos Cohen. Susan cai na real e se diz “devastada” pela qualidade do livro. Seu amor pelo ex-marido ressurge e ela deseja reve-lo. Marcam um encontro para um jantar…

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Tudo que é sólido desmancha...

Esculturas / "assemblages" ou "Junk sculptures" (escultura de lixo) que ocupam o canteiro central 
da Av. Barão de Studart, em frente ao Palácio da Abolição.

O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte (wikipedia). Pela própria característica do material e sua total desproteção…forçosamente há deterioração. O retorno.

A precariedade do local de exposição é notória. Aqui percebe-se que plantas foram cortadas para dar lugar às esculturas. Não houve o cuidado em recolher a poda.

Disseram-me que o autor dessas obras é um dos jardineiros do Palácio da Abolição. Acredito que em algum momento a Prefeitura (ou a Secretaria de Cultura do Estado) dê apoio ao artista e cuide da manutençao, assim como da adequada maneira de expor as esculturas desse artista espontâneo. Não sei se o canteiro central das vias da cidade deva ser ocupado por outras coisas que  não sejam plantas. 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O tratado do vão combate (no Abolição)

 O piso do entorno e sob o Mausoleu Castelo Branco faz uso de "dormentes" de madeira, diretamente apoiados no solo.
 Logico que não é o piso indicado. Não oferece segurança a quem caminha sobre ele e é constantemente atacado por cupins.
 A manutenção é dispendiosa e a substituição das peças fere a ecologia.
 Por que não mudar esse piso? Troca-lo por lajotas de pedra Cariri?
O revestimento do fosso que circunda o Palácio da Abolição foi substituido por cerâmica esmaltada. Era de pedra com recorte irregular geométrico em pedra granítica na cor cinza.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Assisti "La la Land - Cantando estaçoes"...

Musicais

Assisti o filme "La la Land - Cantando estações".
Sempre gostei de musicais. 
A lista dos que vi é grande.  
Os mais marcantes foram (sem ordem cronológica): 
  1. Amor sublime amor, 
  2. Porgy and Bess, 
  3. Dançando na chuva, 
  4. Gigi, 
  5. My fair lady, 
  6. Orfeu do Carnaval, 
  7. A noviça rebelde, 
  8. Moulin Rouge, 
  9. Nine, 
  10. Um americano em Paris, 
  11. Cabaret, 
  12. Embalos de sàbado à noite, 
  13. Os miseráveis, 
  14. Sete noivas e sete irmãos,
  15. O rei e eu,
  16. Ao sul do Pacífico,
  17. Quanto mais quente melhor,
  18. Can-can,
  19. Em busca de um sonho
  20. Mary Poppins,
  21. Camelot,
  22. Funny Girl,
  23. Hello Dolly
  24. Um violinista no telhado,
  25. O mágico de Oz,
  26. Tommy,
  27. New York, New York,
  28. All that jazz,
  29. Yentl,
  30. Ritmo louco,
  31. Em busca da fama,
  32. Rítmo quente,
  33. Evita,
  34. Chicago, 
E talvez outros que não lembro..."La la Land- ..." me decepcionou um pouco. Achei o roteiro sem  rítmo e com alguns furos.
Não vi necessidade em dividir o filme em estações. Não entendi o desprestígio que o protagonista (Ryan Gosgling que não ri nunca, não se vê seus dentes jamais) sente em relação ao samba. Emma Stone, a protagonista, está muito bem no papel de aspirante a atriz. No mais; a poltrona começou a incomodar exatamente na hora em que o filme terminou, sem "happy end. A trilha sonora, não fica na memória...ahhh Gershwin...vc faz falta!

Gene Kelly and Leslie Caron - Dancing Scene 05 - 

"An American In Paris"

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Depois da chuva, after the rain, après la pluie...
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conversa em dia
cheiro de chuva, terra e plantas
resistência